Sunday 8 February 2015

escrever com cortes, cortar com a escrita


Como nesta sequência mágica que começa com um três e acaba com um dois. Em tão grande plano, tão perto, tão grande, tão perto que só lhe resta ir, depois desse plano em que ela se levanta sozinha do negro, feita aparição. Água que escorre.
Nunca mais vais ter uma noite assim. 
Mas muito mais tarde Nino pergunta-lhe porque é que se vão embora, porque é que o deixaram nas garras do tio, esse velho homem, como no filme de Nick Ray...
O amor, todo o amor, implica sempre uma espécie de traição. 
Porque nas festas capazes de valer, que posso fazer por mim.
JOÃO BÉNARD DA COSTA

No comments :

Post a Comment