Friday 29 October 2010

Some like it Hot (1959), Billy Wilder

             É impossível escolher uma cena deste filme, todas elas são indispensáveis para esta comédia genial, com os diálogos mais hilariantes de sempre. Mas escolho esta porque gostei tanto da mudança do ambiente romântico, mas ainda com algumas particularidades cómicas, para o ambiente completamente disparatado e fantástico através de um simples e enérgico raccord.
Tony Curtis has said that he asked Billy Wilder if he could imitate Cary Grant for his stint as the millionaire in the movie. Wilder liked it and they shot it that way. Apparently, Grant saw the parody of himself and stated, "I don't talk like that."
[tem piada, eu também notei! deixa lá Cary, you make it look so charming!]

You done it again Billy!

Nosferatu's

A Lauren Bacall disse:
“Yes, I saw Twilight - my granddaughter made me watch it, she said it was the greatest vampire film ever. After the ‘film’ was over I wanted to smack her across her head with my shoe, but I do not want a (tell-all) book called Grannie Dearest written on me when I die. So instead I gave her a DVD of Murnau’s 1922 masterpiece Nosferatu and told her, ‘Now that’s a vampire film!’ And that goes for all of you! Watch Nosferatu instead!”

E eu digo, vejam o Nosferatu do Pierre Étaix!
Mas não estou de qualquer maneira a diminuir o Nosferatu original, o de Murnau. Até porque para continuar nesta onda de Halloween amanhã é precisamente esse o filme que vou ver.

Este Nosferatu de Pierre Étaix é do Tant qu'on la Santé, um espéctáculo de variedades num filme e este "conto", em que um homem para curar a sua insônia lê um livro de vampiros que o acaba por assombrar e a nós nos acaba por fazer rir, é simplesmente fantastique. Mas hoje foi dia de outro Étaix, Pays de Cocagne!
E só por ser diferente dos outros da sua carreira não foi por isso que deixei de gostar. É um filme cómico e trágico de ver. Afinal, onde foram todas aquelas convicções e príncipios do Maio de 68 naquela França? Mas tenho de admitir que o meu momento preferido foi no início, um momento clássico à Pierre Étaix. O Monsieur Étaix fala connosco num prólogo em que é, literalmente, atacado pelos 40 mil metros de película de 16mm que foram precisos para fazer este filme!